Há cinco anos, o Brasil surpreendia a todos e fazia a melhor campanha da ginástica artística em Jogos Olímpicos. Além de competir pela primeira vez em 100 anos com a equipe completa, conquistando um histórico sexto lugar no geral, três integrantes do time brasilerio faturaram uma medalha no Rio, em 2016: Diego Hypolito (prata), Arthur Nory (bronze) e Arthur Zanetti (prata).
A última edição da Olimpíada trouxe ainda gratas surpresas, como a jovem Flávia Saraiva, na época com 16 anos, que terminou a competição em 5º lugar. Naturalmente, a expectativa para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 é grande.
Ao todo, sete atletas vão representar o Brasil no Japão. Arthur Nory, Caio Souza, Diogo Soares e Francisco Barretto Jr compõem a equipe masculina brasileira, com Arthur Zanetti na vaga de ginasta individual. No feminino, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade estarão na briga por uma medalha.
A caminhada dos atletas brasileiros rumo a um lugar no pódio começa na sexta-feira (23), mesmo dia da cerimônia de abertura dos Jogos. Mas, afinal, como chega a ginástica brasileira ao Japão?
Arthur Nory
Arthur Nory foi medalha de bronze no solo nos Jogos Olímpicos Rio 2016
ROBERTO CASTRO/ BRASIL2016
Aos 27 anos, Arthur Nory é considerado um dos ginastas mais completos do Brasil. Depois de faturar a medalha de bronze no solo nos Jogos do Rio, em 2016, o atleta não parou por aí. Três anos mais tarde, nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, o brasileiro foi um dos grandes destaques da ginástica.https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.472.0_en.html#goog_365803968
Competindo no solo e na barra fixa, o ginasta conquistou a medalha de prata. O ouro veio na disputa por equipes. Ainda naquele ano, o atleta faturou a medalha de ouro no Mundial de Stuttgart, na barra fixa. A conquista mais recente foi há três semanas, quando brasileiro voltou a competir no Mundial de Doha, apenas na barra fixa, e ficou com a prata.
Agora, em Tóquio 2020, a expectativa é de que o Nory conquiste o lugar mais alto do pódio e se consolide como grande nome não só da ginástica, mas do esporte brasileiro.
Arthur Zanetti
Arthur Zanetti é um dos grandes nomes da ginástica brasileira
PEDRO RAMOS/ REDEDOESPORTE.GOV.BR
Arthur Zanetti é o nome mais conhecido da ginástica brasileira na atualidade. O ginasta foi campeão olímpico nas argolas, em Londres 2012, e faturou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Passados cinco anos, como chega o baixinho dos braços fortes a Tóquio 2020?PUBLICIDADEhttps://esportes.r7.com/embeds/playlist/6075fff3ca90840c69000a8a?child_section=olimpiadas§ion_name=esportes
Durante o último ciclo olímpico, Zanetti manteve a regularidade, chegando a final em todas as competições que participou. Nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, o atleta esteve a detalhes de conquistar o bicampeonato nas argolas, e levou a prata. Nos Jogos de Tóquio, o ginasta não estará na disputa por equipes, mas segue como um dos grandes nomes na disputa das argolas.
Chico Barreto
Quer uma medalha aí? Chico Barretos tem algumas e a expectativa é de que em Tóquio ele conquiste ainda mais
WASHINGTON ALVES/COB – 31.7.2019
Francisco Barreto Jr, ou Chico Barreto, é um nome que pode passar despercebido em Tóquio 2020, mas não deveria. Aos 31 anos, o atleta vai para sua segunda Olimpíada. No Rio, em 2016, Barreto ficou em quinto na barra fixa e em sexto na competição por equipes.
A grande virada da carreira do ginasta foi nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, quando o atleta foi dominante nos tablados peruanos e faturou três medalhas de ouro: por equipes, no cavalo com alças e na barra fixa.
Depois do desempenho brilhante em Lima, Chico Barreto ainda ajudou o Brasil a se classificar para Tóquio 2020 e esteve também em Doha, no Mundial de Ginástica. O atleta ficou em quinto lugar na barra fixa, mas é inegável que chega aos Jogos Olímpicos deste ano como um dos favoritos do Brasil.
Caio Souza
Caio Souza é considerado o ginasta mais completo do Brasil
CLAUDIO CRUZ/COB
Depois do histórico sexto lugar conquistado por equipes nos Jogos Olímpicos Rio 2016, a carreira de Caio Souza entrou em evidência. O grande momento da trajetória do atleta até então foi em 2019, nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Naquela ocasião, o ginasta, além de conquistar a medalha de ouro por equipes, se tornou o primeiro campeão do Brasil no individual geral.
Em 2021, o atleta chega aos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 como o melhor generalista do país na atualidade, ou seja, como o ginasta mais completo do Brasil, confortável em todos os aparelhos. A última conquista de Caio Souza foi em Doha, há três semanas, quando faturou o bronze nas barras paralelas.
Diogo Soares
Diogo Soares, a jovem promessa da ginástica brasileira
JONNE RORIZ/EXEMPLUS/COB
Diogo Soares é o caçula da equipe brasileira de ginástica. Com apenas 19 anos de idade, o ginasta é a grande promessa do Brasil na modalidade e vai disputar sua primeira Olimpíada nos Jogos de Tóquio.
O jovem ginasta acumula conquistas em torneios de base, inclusive duas medalhas (prata na barra fixa e bronze no individual geral) nos Jogos Olímpicos da Juventude, para atletas de até 18 anos. Soares ainda venceu o Campeonato Brasileiro no individual geral, desbancando os colegas Arthur Nory e Chico Barretos, já renomados na ginástica brasileira. Depois de participação discreta no Mundial de Doha, o atleta pode surpreender em solo japonês.
Flávia Saraiva
Flávia Saraiva pode se tornar a primeira mulher da ginástica brasileira a ganhar uma medalha olímpica
ABELARDO MENDES JR/ REDEDOESPORTE.GOV.BR
Flávia Saraiva é uma das atletas da ginástica artística feminina que estará nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Com grandes performances na trave, no solo e no individual geral, a ginasta tem tudo para se tornar a primeira mulher da ginástica brasileira a conquistar uma medalha olímpica.
Em 2016, a pequena Flávia, com apenas 16 anos de idade, fez história nos Jogos do Rio. Em sua estreia em Olimpíadas, a ginasta não se intimidou e fez bonito diante da torcida, conquistando um quinto lugar na trave, além do oitavo lugar na disputa por equipes.
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Durante o ciclo olímpico, Flávia Saraiva ganhou musculatura, experiência e 10 centímetros de altura (ela mede 1,45m agora). Em Tóquio 2020, a pequena gigante é um dos grandes nomes da do Brasil e a expectativa é de que a atleta entre ainda mais para história da ginástica brasileira.
Rebeca Andrade
Rebeca Andrade, atleta da ginástica brasileira
DIVULGAÇÃO
Além de Flavia, o Brasil conta também com a ginasta Rebeca Andrade na disputa por uma medalha na ginástica artística em Tóquio 2020. Depois de uma participação discreta nos Jogos do Rio, em 2016, a atleta sofreu com lesões e ficou até de fora dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019 e do Mundial daquele ano, que poderia, inclusive, garanti-la na disputa por equipes dos Jogos de Tóquio.
A pandemia acabou sendo produtiva para a ginasta, que teve tempo para se recuperar e fortalecer o joelho direito (onde a atleta sofreu com lesões). Sem competir há muito tempo, Rebeca precisava vencer o Pan-Americano de ginástica para conseguir se classificar para a Olimpíada, e ela conseguiu. Quem sabe a atleta não complete sua volta por cima com um lugar no pódio em Tóquio 2020.
Fonte: R7